Estudantes do Ensino Médio do CEA mergulham na riqueza da cultura afro-brasileira em expedição por Vitória

Fotos: Divulgação.

Os alunos da 1ª Série do Ensino Médio, turmas “A” e “B”, do Centro Educacional de Aracruz (CEA), vivenciaram uma aula de campo enriquecedora na capital capixaba no dia 25 de setembro. Acompanhados pelas professoras Fernanda Rodrigues Wolkartt (História, Ciências Humanas e suas Tecnologias) e Lidimara Soares Monteiro (Oficina de Redação, Linguagens Aplicadas e suas Tecnologias), os 44 estudantes aprofundaram seus conhecimentos sobre a memória e a identidade afro-brasileira em visitas a dois importantes espaços culturais: o Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (MUCANE) e o Palácio Anchieta.

A iniciativa teve como objetivo principal proporcionar uma vivência cultural e histórica significativa, extrapolando os muros da sala de aula para valorizar e compreender, na prática, as heranças africanas que compõem a sociedade brasileira. No MUCANE, os alunos exploraram um espaço dedicado à preservação e exaltação das culturas africanas e afro-brasileiras. Lá, puderam observar exposições que reafirmam as potências, as artes e as manifestações culturais negras, entendendo a importância da ancestralidade e da diversidade na construção da identidade nacional.

“Esta aula de campo é um momento fundamental para consolidar o aprendizado dos estudantes da 1ª Série do Ensino Médio. Ver o encantamento dos alunos ao se conectarem com histórias e culturas que muitas vezes são marginalizadas é transformador. Essa experiência visual, sensorial e emocional agrega um valor imensurável ao conteúdo trabalhado em sala de aula”, destacou a professora Fernanda Wolkartt.

Após o almoço no Shopping Vitória, a comitiva seguiu para o Palácio Anchieta, sede do governo do estado, onde visitou a exposição “Línguas Africanas”. Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, a mostra apresenta instalações interativas, videoinstalações, esculturas, filmes e registros históricos que revelam a profunda influência de línguas como iorubá, ewe-fon e as do grupo banto no português falado no Brasil e em diversas expressões culturais do país.

Em cartaz até 14 de dezembro de 2025, a exposição conta com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, Libras e acessibilidade motora. Também reúne obras de importantes nomes da arte contemporânea brasileira, incluindo os artistas capixabas Castiel Vitorino Brasileiro, Natan Dias e Jaíne Muniz, reforçando a relevância da produção artística local no cenário nacional.

Integração com o Calendário Escolar

A aula de campo não foi um evento isolado. Ela integra oficialmente a programação da Semana da História e Cultura Afro-Brasileira do CEA, que será realizada de 17 a 19 de novembro de 2025. A iniciativa fortalece os estudos sobre identidade, ancestralidade e diversidade cultural no ambiente escolar, antecipando e consolidando discussões essenciais para a formação cidadã dos estudantes.

“Sair da teoria e mergulhar na prática é essencial para a produção de textos mais críticos e sensíveis. A vivência no MUCANE e na exposição ‘Línguas Africanas’ forneceu um repertório cultural rico e único para os alunos da 1ª Série do Ensino Médio, que certamente será refletido em suas futuras redações e em sua visão de mundo”, ressaltou a professora Lidimara Monteiro.

Para a professora Lidimara, a língua é um rio vivo, carregando histórias que moldam nossa identidade. “No Brasil, as línguas africanas se entrelaçam na cultura, na música e na arte, celebrando a resistência e a diversidade. A exposição ‘Línguas Africanas que fazem o Brasil’ destaca artistas capixabas que homenageiam esse legado. Vamos celebrar essa riqueza cultural”, destacou a docente do CEA.

Monteiro afirmou ainda: “Esta imersão foi uma jornada transformadora de (re)conhecimento. Ao vivenciar a cultura afro-brasileira e a identidade negra capixaba, e ao compreender a profunda influência das línguas africanas em nosso português e cultura, estabeleci com os alunos do Ensino Médio uma conexão direta com as raízes que moldaram o Brasil. Cada artefato e cada história reforçaram a importância de valorizar essa herança, em uma experiência que não apenas ampliou meus horizontes, mas celebrou de forma poderosa a diversidade que nos torna únicos”.

A atividade foi avaliada de forma extremamente positiva pela escola, que reforça o compromisso com uma educação antirracista e plural. Além de contribuir para o desenvolvimento acadêmico, a experiência fortaleceu valores de respeito, diversidade e cidadania, alinhados ao projeto pedagógico do CEA, que busca formar estudantes críticos, conscientes e preparados para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

INFORMAÇÕES À IMPRENSA:
Setor de Comunicação e Marketing – Alessandro Bitti
Tel.: (27) 3302-8000 – E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br / alessandro@fsjb.edu.br

PESQUISA

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

POR CATEGORIA

Arquivos

ESCOLHA POR DATA

Categorias

ÚLTIMAS NOTÍCIAS