
Durante o mês de março, o Centro Educacional de Aracruz (CEA) realizou uma série de atividades interdisciplinares em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. O projeto, que contou com a participação dos professores de História, Geografia e Arte do Ensino Fundamental (períodos matutino e vespertino), teve como foco a valorização da mulher e o combate à violência de gênero.
Foram abordados temas como a Lei nº 14.164/2021 (que altera a Lei Maria da Penha para incluir a educação no enfrentamento à violência doméstica) e a Lei nº 14.986/2024 (que institui o Ano da Mulher que Fez História no Brasil), ao longo do mês de março. A metodologia do evento priorizou a autonomia dos alunos e o trabalho em equipe. A organização contou com reuniões e com o apoio da equipe pedagógica do CEA, além do suporte de docentes de outras áreas.
Os professores Fernanda Rodrigues Wolkartt, Matheus Pignaton Nascimento, Jenifer Marin Mantovani Tintori, Telma Silva de Jesus Oliveira e Dulcineia Ruy Nossa foram os principais envolvidos na iniciativa, contando com o apoio dos docentes Bruno Ferreira Costa, Glicinéia Pelissari Lechi, Marilzete Pinto e George Scarpat Giacomin, que disponibilizaram aulas para a confecção dos trabalhos.
No dia 14 de março, os estudantes dos 8º e 9º Anos do Ensino Fundamental do CEA participaram de uma palestra sobre o “Combate à Violência Contra a Mulher”, baseada na Lei nº 14.164/2021. As convidadas especiais foram a professora do curso de Direito da FAACZ, Mariza Giacomin Lozer, e a coordenadora do curso de Psicologia da mesma instituição, professora Stéfani Martins.
A professora Mariza abordou a legislação vigente e sua importância para a proteção das mulheres, utilizando uma linguagem acessível aos estudantes. Já a professora Stéfani, com base na Psicologia, discutiu os impactos emocionais e sociais da violência contra a mulher, enfatizando a relevância da identificação e da busca por ajuda em situações de risco. Os temas abordados pelas docentes incluíram: tipos de violência (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual), feminicídio e direitos das mulheres, além do histórico das leis de proteção feminina no Brasil.
No dia 20 de março, o CEA promoveu a Feira de Ciências Humanas no bloco “B” do prédio “Conselheiro Primo Bitti”, com exposições realizadas pelos alunos dos 8º e 9º Anos. Os trabalhos foram divididos em dois eixos temáticos: os alunos do 8º Ano apresentaram o tema “Violência contra a Mulher (Lei nº 14.164/2021)”, com pesquisas, murais e games educativos, enquanto os alunos do 9º Ano exploraram o tema “Mulheres que Fizeram História (Lei nº 14.986/2024)”, com exposições fotográficas e biografias de personalidades femininas de diferentes áreas.
Entre as personalidades femininas homenageadas, destacaram-se nomes como Maria Esther Bueno, Hortência, Marta e Rebeca Andrade no Esporte; Jaqueline Góes de Jesus, Bertha Lutz, Nise da Silveira e Elisa Frota Pessoa na Ciência; Carolina Maria de Jesus, Cecília Meireles, Tarsila do Amaral e Nice Avanza na Literatura e Arte; e Ana Neri, Maria Quitéria, Zilda Arns e Irmã Dulce na História. Os alunos dos 8º e 9º Anos também receberam turmas do 2º ao 5º Anos para apresentações interativas, reforçando a conscientização desde cedo.
No período vespertino, também no dia 20 de março, os alunos do 6º e 7º Anos apresentaram seminários sobre questões socioculturais africanas e reflexões sobre mulheres de destaque na sociedade. As atividades envolveram professores de Linguagens, Arte, Geografia e História, abordando temas como povos indígenas, africanos, representatividade feminina na sociedade e a violência contra a mulher. A iniciativa incentivou o trabalho em equipe e a autonomia dos estudantes do Ensino Fundamental.
Segundo a professora Jenifer Marin Mantovani Tintori, o projeto foi essencial para que os estudantes compreendessem a gravidade da violência de gênero e sua proximidade com a realidade. “Os alunos prepararam tudo, desde os murais até a edição de vídeos, mostrando engajamento e sensibilidade ao tema. O trabalho em equipe foi essencial, pois os estudantes se superaram para cumprir os prazos e conheceram uma realidade presente em nossa sociedade”, afirmou a docente do CEA.
Já o professor Matheus Pignaton Nascimento ressaltou a importância da iniciativa para a formação cidadã dos jovens. “Alunos chegaram a entrevistar agentes da Delegacia da Mulher em Aracruz, demonstrando interesse crítico no assunto. Essas experiências favorecem a formação cidadã, o respeito à diversidade e o pensamento crítico dos estudantes do Ensino Fundamental do CEA”, destacou Pignaton.
O projeto ainda não terminou. Em abril, os alunos do 6º e 7º Anos do Ensino Fundamental do CEA, acompanhados da professora Telma Silva de Jesus Oliveira, visitarão uma aldeia indígena em Aracruz, cumprindo o que prevê a Lei nº 11.645/2008, que inclui no currículo escolar a história e a cultura indígena e afro-brasileira. A ação reforça o compromisso do Centro Educacional de Aracruz com uma educação crítica e socialmente engajada, formando cidadãos conscientes e respeitosos com a diversidade.
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