Estudantes do 8º Ano do CEA transformam aprendizado sobre trabalho infantil em projeto multiplataforma

Fotos: Divulgação.

Durante os meses de agosto e setembro de 2025, as aulas de “Produção de Texto” no Centro Educacional de Aracruz (CEA) foram palco de um projeto profundo e mobilizador. Os 113 alunos dos 8º Anos “A”, “B”, “C” e “D” mergulharam na leitura e análise da obra “Infância Roubada”, dos autores Telma Guimarães Castro Andrade e Júlio Emílio Braz, resultando em uma série de atividades criativas que extrapolaram os muros da sala de aula.

O livro, que narra a comovente história de Eli e Edi – crianças forçadas a colher laranjas para sustentar a família enquanto sonham em voltar a estudar – serviu como ponto de partida para um trabalho educativo com objetivos de identificar conflitos da narrativa, reconhecer seu contexto social e histórico e analisar a linguagem como ferramenta de denúncia.

Sob a orientação da professora Glicineia Pelissari Lechi, as turmas foram divididas em grupos e se engajaram em uma variedade de tarefas. As atividades incluíram a “Caixa da Empatia”, o “Jornal Infância Roubada”, o “Mapa da Exclusão”, a “Cápsula Roubada”, uma “Linha do Tempo”, “Cenas Teatrais”, “Análise de Verbos”, “Quiz” e a “Confecção de Panfletos”. O objetivo central era conscientizar os estudantes sobre a crueldade do trabalho infantil e a importância do direito à educação.

Com metas de identificar características das personagens, compreender os conflitos centrais da narrativa, reconhecer o contexto social e histórico da obra e relacioná-lo com a realidade atual, o projeto também incentivou os alunos a refletirem sobre o papel da família, da escola e da sociedade na proteção da infância, desenvolvendo empatia e senso crítico por meio de diferentes gêneros textuais e atividades práticas.

O entusiasmo e a reflexão gerados pelo projeto ficaram evidentes nos depoimentos dos estudantes. Para Sophia Nogueira Sacht, do 8º Ano “D”, o tema foi fundamental: “Acredito que esse tema foi ótimo para o nosso aprendizado e nos ajudou a perceber como a vida é difícil para algumas pessoas”, refletiu a aluna do CEA.

A união da turma foi destacada por Naommy de Sousa Francisco Camilo Viana, do 8º Ano “C”: “A apresentação do livro ‘Infância Roubada’ foi um dia de trabalhos em que a turma mais se uniu. Foi bem trabalhado e de forma dinâmica. Diante disso, agradeço à professora Glicineia pela organização e dedicação”.

Valentina Seleguini Marin, do 8º Ano “B”, também enalteceu a dinâmica do projeto: “Adorei participar do projeto junto aos meus colegas. Fizemos uma sala temática com murais, cartazes, caixas e jornais. Realizamos um excelente trabalho e uma maravilhosa apresentação. Com essa atividade, podemos nos conectar uns com os outros e aprender que o trabalho infantil é extremamente errado e é crime”.

Já Isabelly Carara Malovini, do 8º Ano “A”, descreveu a experiência com entusiasmo: “Os trabalhos apresentados sobre o livro ‘Infância Roubada’ foram um verdadeiro sucesso. Todos os alunos se envolveram com entusiasmo, demonstrando sensibilidade, responsabilidade e grande compreensão da temática abordada. Foi inspirador ver o quanto cada grupo se dedicou, explorando diferentes linguagens e formas criativas de expressão”.

A professora Glicineia Pelissari Lechi ressaltou a metodologia que coloca o estudante no centro do processo: “A participação dinâmica de todos evidenciou que, quando o estudante é colocado no centro do processo de aprendizagem, o conhecimento se torna mais significativo. Projetos literários como este são fundamentais na formação dos alunos, pois despertam o senso crítico, ampliam a empatia, fortalecem a leitura e incentivam a reflexão sobre a realidade social”.

Para a educadora, o projeto foi além do acadêmico: “Mais do que uma atividade escolar, esse trabalho foi uma oportunidade de crescimento pessoal e coletivo, mostrando o poder transformador da literatura na vida de cada estudante. Enquanto professora, agradeço a cada um dos meus alunos pelo belíssimo trabalho apresentado com dedicação”.

A iniciativa no CEA demonstrou, na prática, como a literatura pode ser um instrumento poderoso para formar cidadãos mais conscientes, empáticos e críticos, capazes de enxergar e refletir sobre as desigualdades que permeiam a sociedade. O projeto literário evidencia, assim, como a literatura pode ser um instrumento de conscientização e formação cidadã, colocando os estudantes no centro do aprendizado e estimulando o diálogo sobre direitos.

INFORMAÇÕES À IMPRENSA:
Setor de Comunicação e Marketing – Alessandro Bitti
Tel.: (27) 3302-8000 – E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br / alessandro@fsjb.edu.br

PESQUISA

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

POR CATEGORIA

Arquivos

ESCOLHA POR DATA

Categorias

ÚLTIMAS NOTÍCIAS