Alunos do CEA participam de palestra sobre bullying e consequências legais

Fotos: Divulgação

Os estudantes dos 8º e 9º Anos do Ensino Fundamental, do Centro Educacional de Aracruz (CEA), tiveram a oportunidade de participar de uma palestra esclarecedora sobre um tema de grande relevância: o bullying nas escolas. A palestra foi realizada, no dia 10 de setembro, no auditório da instituição e foi conduzida pelo professor do curso de Direito da FAACZ, Ronaldo Félix, e pelas alunas Kelri Cristina Alves Cardoso, Érika Martins Alves Alvarenga, Rhaisa Ribeiro Azeredo e Julia Vitória dos Santos Oliveira, todas do 2º período do curso de Direito.

A palestra teve como objetivo principal conscientizar os alunos do Ensino Fundamental do CEA sobre o bullying, seu impacto emocional, suas diversas formas de manifestação e as implicações legais que esse comportamento pode acarretar. O professor Ronaldo, especialista na área jurídica, discutiu exemplos práticos de como atitudes que podem parecer inofensivas podem, na verdade, causar sérios danos psicológicos e sociais.

Ele destacou que o bullying, um comportamento agressivo e repetitivo, pode ocorrer de forma verbal, física ou até virtual, via redes sociais. Embora muitas vezes tratado como um problema apenas escolar, o bullying pode ser classificado como crime, dependendo da gravidade e da forma como se manifesta. O professor Ronaldo e as universitárias explicaram que, embora certas atitudes possam parecer brincadeiras, elas podem causar danos profundos e afetar a autoestima das vítimas.

Bullying: Um crime em potencial

O professor Ronaldo e as universitárias enfatizaram que o bullying não é apenas uma questão escolar, mas pode se desdobrar em casos de crime. Situações como calúnia, difamação e injúria estão previstas no Código Penal Brasileiro, e quem pratica essas ações pode ser responsabilizado legalmente. Foi destacado também o impacto que o bullying tem sobre a autoestima das vítimas, muitas vezes levando a problemas de saúde mental.

Durante o encontro, foram abordadas as principais diferenças entre uma “brincadeira” inofensiva e comportamentos prejudiciais. Enquanto as brincadeiras saudáveis promovem alegria e fortalecem amizades, comportamentos que humilham, excluem ou causam dor são prejudiciais e devem ser combatidos. A palestra reforçou a importância da empatia e da atenção às ações, lembrando que “brincadeiras” mal interpretadas podem causar danos profundos.

Um dos principais pontos destacados foi a importância da empatia e da atenção no trato com os colegas. A palestra ressaltou que é fundamental reconhecer quando uma brincadeira ultrapassa os limites e pode machucar o outro, incentivando os alunos do Ensino Fundamental do CEA a refletirem sobre suas ações e pedirem desculpas quando necessário.

Legislação de proteção e conscientização

Além de discutirem as consequências sociais e emocionais do bullying, o professor Ronaldo e as alunas de Direito também trouxeram à tona as leis que protegem contra discriminação e assédio. Entre elas, destacaram a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que proíbe qualquer forma de discriminação e garante a inclusão social; o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei nº 8.069/1990, que protege os direitos de crianças e adolescentes, com foco no combate ao bullying e outros tipos de violência.

Eles abordaram ainda a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que, apesar de ser voltada para a proteção das mulheres, também abrange o combate ao assédio e à discriminação em diversos contextos; a Constituição Federal de 1988, que garante a igualdade de direitos e proíbe a discriminação em todas as suas formas, e outros dispositivos legais que garantem a proteção de indivíduos vulneráveis e proíbem o bullying e a violência no ambiente escolar.

Impacto das redes sociais no bullying

Outro tópico relevante abordado na palestra foi o impacto das redes sociais no agravamento do bullying. Piadas e “brincadeiras” em grupos de WhatsApp e outras redes sociais, que muitas vezes são vistas como inofensivas, podem rapidamente se transformar em assédio e trazer graves consequências para a saúde mental das vítimas. O professor Ronaldo destacou que essas ações deixam rastros digitais que podem ser utilizados em processos judiciais, alertando os alunos do CEA para a responsabilidade de suas interações online.

As alunas de Direito explicaram como ações aparentemente inofensivas, como piadas repetitivas ou maliciosas, podem se transformar em bullying ou assédio. A professora Glicineia Pelissari, que leciona Língua Portuguesa e Produção de Texto para os alunos do 8º Ano, reforçou a importância da palestra: “Foi uma palestra esclarecedora e de suma importância para todos. Compreender que o bullying pode ter consequências legais sérias aumenta a conscientização e nos motiva a tomar uma posição contra qualquer forma de agressão. Essas palestras enriquecem nosso conteúdo e nos deixam mais preparados para lidar com possíveis situações no ambiente escolar”.

Um futuro mais respeitoso

Em uma iniciativa que visa fortalecer o respeito e a amizade no ambiente escolar, os alunos do Ensino Fundamental do CEA participaram de uma palestra que enfatizou a necessidade de interações positivas e inclusivas. Durante o encontro com o professor Ronaldo e as universitárias do curso de Direito da FAACZ, os estudantes foram estimulados a refletir sobre suas atitudes, tanto no cotidiano quanto nas redes sociais, e a adotar posturas responsáveis e conscientes.

A atividade reforçou a importância de combater o bullying, destacando o papel de cada aluno na construção de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor. Ao final, a mensagem central foi clara: é preciso cultivar a empatia e o respeito mútuo, promovendo um espaço onde todos se sintam valorizados e protegidos. A palestra no CEA se consolidou como um passo significativo na conscientização sobre o impacto das atitudes individuais na comunidade escolar e virtual.

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