Artes visuais no CEA: Um caminho para o desenvolvimento cognitivo e criativo dos alunos do Ensino Fundamental e Médio

Fotos: Divulgação

As artes visuais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e perceptivo de crianças e jovens. Através do criar artístico, é possível não só estimular a imaginação, mas também promover uma forma única de expressão e interação com o mundo ao redor. Com base nessa premissa, a professora Dulcinéia Ruy Nossa, responsável pela disciplina de Arte no Centro Educacional de Aracruz (CEA), conduziu um projeto inovador que envolveu técnicas artísticas diversificadas com os alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental até a 1ª Série do Ensino Médio.

O projeto incluiu técnicas como o “Pontilhismo” aplicado a paisagens e mandalas, pintura em “Vitrais” com tinta, aquarela, lápis de cor, e a criação de estampas em desenhos de tênis, inspiradas pelo movimento “Pop Art”. O projeto foi minuciosamente planejado, começando com a introdução teórica dos temas, seguida por aulas práticas nas quais os alunos puderam aplicar o que aprenderam. A técnica do “Pontilhismo” foi trabalhada com as turmas dos 6º Anos “A”, “B”, “C” e “D”, enquanto as turmas dos 7º Anos se dedicaram à produção de “Vitrais”.

Já os alunos dos 8º e 9º Anos do Ensino Fundamental e da 1ª Série do Ensino Médio exploraram o movimento “Pop Art”, criando estampas vibrantes e expressivas. Segundo a professora Dulcinéia, o resultado foi impressionante: “Os alunos amaram produzir. Era nítido o gosto pela prática nas artes visuais, e como professora, não canso de apreciar, elogiar e orientá-los a continuarem a gostar. Afinal, o objetivo é despertar nos alunos o partilhar, o interagir, o experimentar, o interpretar e o amar. Só assim, as aulas de Arte terão a verdadeira efetividade do aprender Arte”.

Parafraseando Barbosa (2018), a docente destacou que “aprender por meio da arte faz parte de uma educação integral, inclusive porque ajuda a desenvolver outras áreas do conhecimento, uma vez que os estudantes precisam mobilizar diversas habilidades, como a capacidade de interpretação, criatividade, imaginação, e os aspectos afetivos e emocionais, além da própria inteligência racional e das habilidades motoras”.

Os alunos que participaram do projeto compartilharam suas experiências com entusiasmo. Ana Clara Francisco da Rocha, da 1ª Série do Ensino Médio, afirmou: “Minha experiência customizando o desenho do tênis foi estimulante e divertida, fez com que eu explorasse mais minha criatividade e personalidade, através da arte, por meio das cores e formas diferentes. No final, também foi um meio de compartilhar um pouco da minha personalidade para os colegas da turma”.

Valentinne Loureiro de Araújo, também da 1ª Série do Ensino Médio, ressaltou a importância da tarefa dada pela professora Dulcinéia: “Achei a atividade muito interessante, principalmente pelo fato de que, se quisermos, podemos tirar ela do papel e transformar a obra em um tênis de verdade. Essa personalização pode transformar um simples par de tênis em uma peça de arte, exclusiva e dinâmica”.

Ana Flavia de Castro Caetano, do 9º Ano “B”, do Ensino Fundamental, elogiou a sugestão de tarefa que foi realizada: “A proposta da atividade era criar uma estampa em um desenho de um tênis, trabalhando o movimento ‘Pop Art’. Acredito que cumprimos muito bem. Durante a confecção, usamos nossa criatividade e criamos lindas estampas. É incrível ver como cada colega teve ideias diferentes. Todos os trabalhos ficaram muito bonitos”.

Julia Fialho de Jesus Machado, do 6º Ano “C”, experimentou o “Pontilhismo”: “Gostei muito da atividade, utilizando a técnica do ‘Pontilhismo’. Foi muito legal e satisfatório, pois podíamos escolher o desenho. Eu fiz uma raposa, utilizando as cores quentes e frias. Minha experiência foi muito relevante para mim. Precisa ter muita delicadeza e habilidade para produzir este estilo de arte, que eu quero aprender mais e mais”.

Mariana Del Caro Segato, do 7º Ano “B”, do Ensino Fundamental, trabalhou com “Vitrais”: “A professora Néia nos orientou a pesquisar vitrais para fazermos uma releitura, utilizando materiais diversos. Todos ficaram muito bonitos. Após a confecção, fizemos várias fotos e ficaram bem lindas para divulgar a beleza do trabalho que fizemos”, relatou emocionada a estudante do CEA.

Os resultados do projeto foram marcados pelo entusiasmo dos alunos, como evidenciado nos depoimentos. A iniciativa da professora Dulcinéia Ruy Nossa no CEA exemplifica como as artes visuais podem ser uma ferramenta poderosa no desenvolvimento integral dos estudantes, proporcionando-lhes uma forma única de expressão e aprendizado que transcende as barreiras do conhecimento convencional, promovendo não apenas habilidades técnicas, mas também o autoconhecimento, a expressão pessoal e a apreciação do mundo ao redor.

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